segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

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Conheça a fascinante história de um Engenho de Cana de Açúcar que chegou em Caicó há quase 100 anos

Tive a satisfação de voltar ao sítio Umari (ha 25 km de Caicó) e visitar a "Casa de Força Alemã" que veio para Caicó em embarcações náuticas até à cidade de Mossoró-RN e de lá veio para Caicó (via terrestre) em "Carros de Boi" com Propulsão Animal. 

Toda essa história iniciou-se em meados de 1919, com o senhor Major Elói de Sousa. As atividades industriais só vieram acontecer por volta de 1921, lá mesmo no Sítio Umari, e para esse engenharia vir a funcionar foi necessária vinda de um técnico Alemão, com ele também vieram escravos africanos, que se estabeleceram na atividade canavial bem antes do engenho entrar em operação.

A Caldeira movida à Lenha canalizava o vapor com alta pressão para fazer todo o engenho entrar em atividade, fazendo rapadura, farinha de mandioca e outros produtos relacionados à atividade rural. 

Esta fazenda está nas mãos da mesma família há cerca de duzentos anos, desde o trisavô do finado João Baé, o senhor Cosme Pereira da Costa, tendo passado por seu bisavô Francisco Antonio de Medeiros (Chico Antônio do Umari), por seu tio-avô Antônio Cesino de Medeiros (Tonho do Umari) e por seu primo Elói Cesino de Medeiros, de quem ele a adquiriu. Ele casou a 25 de janeiro de 1940, com Maria Sabina de Medeiros.João Baé morreu em 24/09/2012 sobre sua morte.

Hoje o Sítio Umari continua pertencendo a família Nóbrega (Baé), que teve como último patriarca o saudoso João Baé. O lugar é perfeito para relembrar a cultura viva desse país, é um local particular, e muito rico para a cultura brasileira.

Atual responsável pela fazenda (Novo Baé - camisa verde)



Na imagem é possível ver a alvenaria de um BIOGÁS (cilindro guardava fezes de animais e produzia energia)











































Aniversário na casa de fazenda do Sítio Umari

Quem esteve aniversariando nesse domingo no Sítio Umari, foi a matriarca da nova geração, a professora Dona Aidê, esposa do senhor Novo Baé, ambos cuidam da fazenda desde o falecimento de João Baé.

Dona Aidê e o esposo



























Moer cana

Chico César

De longe escuto o gemido da usina
Adeus, menina do meu padecer
Moer a cana dói - tirar a gema
Sobra bagaço nesse meu viver
Desde anteontem o relógio silencia
Pinga na pia o choro de quem é só
Moer a cana dói - tirar a gema
Era madeira, cupim roeu deixou pó
Adeus, meu povo pernambuco e paraíba
Vim nessa vida pra dizer adeus
Moer a cana dói - tirar a gema
Sol dai a luz, clareia os olhos meus
Em fogo morto vai o afago da saudade
Nem a metade do que queimou queima mais
Moer a cana dói - tirar a gema
Range a ferrugem e o mel do chorume cai

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