quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

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Homem assassino diz que tinha o compromisso de matar 36 pessoas e afirma que tirou as ideias de vídeos de decapitações do Talibã

O alvo do suspeito de decapitar quatro pessoas em Mogi das Cruzes e uma em Poá eram moradores de rua e usuários de crack. A declaração foi dada por Jhonatan Lopes de Santana, de 23 anos, durante depoimento na Delegacia Seccional nesta quarta-feira (3). O Diário TV 2ª Edição teve acesso à gravação do depoimento do suspeito. 

O jovem foi preso e, segundo a polícia, confessou seis homicídios. Em um dos casos não houve decapitação. A vítima foi esfaqueada. De acordo com o delegado seccional Marcos Batalha, ele atacava as vítimas com golpes de machadinha na cabeça e depois as decapitava. No interrogatório, o delegado seccional Marcos Batalha questionou o suspeito como ele escolhia suas vítimas. “Eu queria apenas era matar usuários de crack. Era usuário e mendigo ao mesmo tempo. Mas...Digamos assim, a pessoa mais largada da sociedade”, respondeu o suspeito na gravação. 

Ao mesmo tempo que admitiu que matar moradores de rua era menos 'grave', o jovem defendeu que todos têm direito à vida. Batalha perguntou, então, qual o motivo da escolha desse perfil de vítima. “Entre aspas é menos grave, né? Pelo fato deles não contribuírem com o sistema. Não paga imposto. Bom, todo mundo tem direito à vida. Não tô falando que ninguém tem que morrer, todo mundo tem direito a vida.” 

Prisão 
De acordo com o G1, a Polícia Militar prendeu o ajudante-geral após encontrar três pessoas decapitadas em Mogi das Cruzes na manhã desta quarta. De acordo com as investigações, o primeiro crime que o ajudante geral confessou foi no sábado (29). A vítima foi uma mulher na "Favela do Gica", no distrito de Brás Cubas. 

Na segunda-feira (1º), dois moradores de rua foram atacados quando dormiam sob a marquise de um supermercado na Avenida Francisco Rodrigues Filho, no bairro do Mogilar. Um deles morreu e o outro foi levado em estado grave ao Hospital Luzia de Pinho Melo, onde continua internado. 

Neste caso, a vítima não foi decapitada, mas esfaqueada e queimada. Na noite de terça-feira, a vítima foi uma mulher em Poá, que segundo a polícia era usuária de crack. Já nesta quarta foram três mortes em Mogi das Cruzes: duas mulheres que seguiam para o trabalho e um morador de rua. 

No começo da noite, o delegado seccional Marcos Batalha relatou um novo caso: um morador de rua ferido procurou a polícia dizendo ter sido atacado no domingo (30) em frente ao Hospital Luzia de Pinho Melo. Ele contou ter sido agredido com uma machadinha. Ferido, procurou o hospital. Nesta quarta, a vítima disse ter reconhecido Jhonatan e procurou a polícia. 

Além disso, o ajudante geral é suspeito de ter tentando matar uma criança de 3 anos. De acordo com a polícia, o suspeito não tinha problemas com a Justiça e conflitos familiares. "Pelo menos pelas pesquisas que nós fizemos ele tem uma única passagem criminal por desacato, um crime sem gravidade. Geralmente as pessoas que praticam crimes tão bárbaros, crimes sequenciais, ou seja, diversas mortes, tem histórico de conflito, e acabam levando para esse lado, da violência. Esse sujeito, não tem nada. Nunca passou por dificuldade, não tinha problemas. Nada que justificasse os crimes”, detalhou. 

Câmeras 
Imagens de duas câmeras de monitoramento mostram o ataque a uma das vítimas mortas nesta quarta (assista ao lado). Trata-se de um morador de rua. Pedestres e motoristas não reagem diante do crime, ocorrido em uma das ruas mais movimentadas de Mogi das Cruzes, por volta das 6h30. 

Ainda de acordo com as informações passadas pelo delegado, o homem tem sinais no corpo relacionados aos crimes. "Logo que ele foi preso, em sua residência, ele apresentava dois sinais feitos por ele próprio no corpo: o desenho de um machado no braço, próximo ao ombro, e um na perna feito com uso de uma agulha, com o número 36". Segundo Batalha, o homem disse que tinha o compromisso de matar 36 pessoas. 

"Ele disse que tirou as ideias de vídeos de decapitações do Talibã", acrescentou. O delegado afirmou que Jhonatan estava consciente em todos os crimes. "Ele disse que se não tivesse sido preso continuaria matando. Ele achou que todas as vítimas eram moradores de rua e disse que eles não pagam impostos, vivem às custas dos outros e que não acha isso certo." 

Segundo vizinhos, a família do suspeito deixou a casa onde vive, no bairro Botujuru, em Mogi, por medo de represálias.

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