sábado, 3 de março de 2012

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03 de Março de 2012
A TÃO SONHADA POLÍCIA COMUNITÁRIA QUE PODERÁ SER IMPLEMENTADA EM CAICÓ JÁ APONTA 3 DEFICIÊNCIAS NO CEARÁ
O policiamento comunitário difere-se em vários pontos do tradicional, embora no Brasil as duas modalidades apresentem carências estruturais semelhantes, que põem em risco o sucesso daquele emergente modelo. O militarismo, a interferência política e, de certa forma a falta de investimento em preparo contínuo dos policiais se não dificultam a efetividade do policiamento comunitário, são desafios que precisam ser superados para a criação de uma nova polícia, centrada no moderno, como tanto se fala e tanto se espera por parte da Segurança Pública.



Não compartilho do pensamento de que o militarismo deva acabar no âmbito da polícia administrativa, mas é preciso admitir que o sistema é arcaico, enquanto a organização da Sociedade, bem como o conceito de Democracia, evoluíram. Se queremos um novo modelo de Segurança Pública, essa mudança deve começar pelo pensamento: O militarismo é um só, se as forças armadas são preparadas contra um virtual inimigo, as polícias devem ser preparadas para o trato com o cidadão. Difícil separar e acreditar nesse dualismo num regime tão fechado. Insisto: modernizar não é onerar a hierarquia e a disciplina.


Em segundo lugar, é preciso estímulo motivacional para que "o homem por trás da farda" continue acreditando na filosofia a qual pertence e defende. Um policial desacreditado, sem confiança para aplicar a lei por receio de qualquer interferência política, jamais terá um rendimento compatível com o qual lhe cobra a Sociedade. Por exemplo, o policial que age de forma legítima, mas desagrada um "importante" eleitor de um certo líder político. É inconcebível qualquer forma de repressão ou perseguição contra um ato justo, mas sempre existe. O resultado disto é o citado anteriormente.


Por fim, a falta de preparo contínuo do profissional da Segurança Pública. O estímulo ao bem-estar físico e psicológico deixa a desejar em qualquer campo deste setor. Após a conclusão de sua formação, raramente o policial passa por aperfeiçoamento em sua atividade, desde então, voltada para o aprendizado 'na rua', como se diz.


São problemas basilares, não exclusivos do policiamento comunitário. Porém, determinantes para a confirmação desta doutrina que, ou adota medidas ousadas ou estará fadada a mesmice do policiamento convencional. O emprenho cobrado dos policiais, deve ser o mesmo ou maior por parte dos gestores.



Fonte: Amigos do Ronda

Leia mais no site: http://ftadecamocim.blogspot.com/2012/03/tres-desafios-do-policiamento.html#ixzz1o4Vy1GZk
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