A comissão de promotores que atua nas investigações da operação Coiteiros, deflagrada pelo Ministério Público no dia 25 de fevereiro em cinco cidades da região Seridó do Rio Grande do Norte e em uma da Grande Natal, denunciou à Justiça oito pessoas. Segundo o próprio MP, elas são suspeitas de crime de formação de milícia privada, cuja pena pode chegar a oito anos de prisão. Os mandados foram cumpridos em Caicó, Jardim do Seridó, Florânia, Jucurutu, Jardim de Piranhas e Tenente Laurentino Cruz.
A operação Coiteiros recebeu este nome em alusão aos indivíduos que dão asilo, favorecem ou protegem malfeitores. Na ocasião, 13 suspeitos foram presos em flagrante, sendo dois por tráfico de drogas e 11 por posse ilegal de armas de fogo, resultado de mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pela Comarca de Caicó.
Entre os alvos da operação estão soldados e um sargento da Polícia Militar - este último lotado no Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) - um agente penitenciário e empresários que atuam na região. Ainda de acordo com o Ministério Público, cinco dos denunciados continuam detidos. Os outros três não foram encontrados durante a operação e são considerados foragidos.
As investigações apontam que dois irmãos usavam propriedades rurais localizadas na região Seridó, e até no estado do Ceará, para dar proteção a foragidos da Justiça - dentre eles acusados de homicídios e de assaltos – dificultando a ação da Justiça para cumprimento de mandados de prisão. Além de fornecer esconderijo aos criminosos, os presos também são suspeitos de ajudar na contratação de advogados.
Parte do grupo é citada como envolvida no assassinato do caicoense Isaac Torres, morto no dia 21 de maio de 2013 na zona rural de Caicó. A denúncia do MP também revela na investigação a existência de planos para assassinar mais quatro pessoas.
Três núcleos.
O MP afirma que a investigação do caso englobou três núcleos: milícia privada, tráfico de drogas e corrupção de agentes públicos. Esta primeira, refere-se aos oito denunciados nesta quinta-feira (6). O segundo núcleo trata de tráfico de drogas, cujo prazo para a conclusão da investigação é de 30 dias. O terceiro investiga crimes de homicídio, para os quais os promotores requisitam a conclusão do inquérito para os próximos 15 dias.
Tortura
O MP também revelou a existência de uma investigação que tem relação com a operação Coiteiros. Nesta, um agropecuarista à apontado como suspeito de tortura - investigado pela Delegacia de Florânia. Consta no inquérito que o suspeito, acompanhado de terceiros, teria por conta própria investigado um furto que ocorreu em uma de suas propriedades e, em seguida, “capturado e torturado barbaramente o cidadão que teria sido o autor do delito”.
Parabéns!
ResponderExcluiro MPRN deve permanecer em Caicó atuando, só assim alguns nomes do crime serão conhecidos de VERDADE, caírão as máscaras.
Essa operação no fim das contas vai dar em nada, pois, esse pessoal tem o apoio da cúpula política de Caicó. Fato.
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