Temer volta a negar que lobista tenha ligação com PMDB / Tânia Rêgo/ABr
Michel Temer, o presidente da República em exercício, voltou a negar que o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, tenha ligação com o PMDB. O próprio partido já havia emitido uma nota sobre o caso.
O lobista é apontado como intermediador da sigla nas negociações com empreiteiras, cujos dirigentes foram presos pela operação Lava Jato. Fernando Baiano é considerado foragido desde a última sexta-feira, quando a Justiça emitiu um mandado de prisão preventiva contra ele.
Temer diz que as contribuições ao PMDB se deram pela via institucional.
Para o presidente da República em exercício, que afirmou não ser técnico no assunto, as obras do governo realizadas pelas empreiteiras envolvidas não serão afetadas pelas prisões de empresários na sexta-feira.
A Justiça Federal do Paraná expediu, também na sexta-feira, um mandado de prisão temporária de Soares, mas os policiais federais ainda não o localizaram, por isso ele é considerado foragido.
Em depoimento em outubro à Justiça Federal, o doleiro Alberto Youssef disse que o lobista operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que funcionava na Petrobras. Conforme o relato, Soares fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal.
O PMDB soltou a nota sobre o caso em 12 de outubro, época em que as denúncias contra o partido foram divulgadas: “O PMDB repudia de forma categórica as acusações de envolvimento em supostos desvios de recursos da Petrobras. O partido defende a ampla investigação para esclarecimento de todos os fatos”.
A Polícia Federal deflagrou a sétima fase da operação Lava Jato desde a manhã de sexta-feira, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. No total, 23 pessoas foram presas.
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