sábado, 15 de novembro de 2014

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Papa condena aborto e eutanásia e diz: jogar com a vida é pecado

O papa Francisco advertiu neste sábado que uma “falsa compaixão” não deve justificar a realização de um aborto ou a prática da eutanásia. Afirmou ainda, ao falar na Associação de Médicos Católicos da Itália, que “brincar com a vida é um pecado contra Deus”. 

“O pensamento dominante às vezes sugere uma “falsa compaixão” para justificar o auxílio a uma mulher para realizar um aborto, um ato de dignidade fazer uma eutanásia, uma descoberta científica ‘produzir’ uma criança e considerar isso um direito e não um dom”, ressaltou o pontífice. 

“Tenham cuidado, por que experimentar e jogar com a vida é um pecado contra Deus, o criador”. Francisco não mencionou nenhum caso em particular, mas, recentemente, o chefe do órgão do Vaticano responsável por temas de bioética condenou a decisão de uma americana de recorrer ao suicídio assistido depois de ser diagnosticada com câncer. O monsenhor Ignacio Carrasco de Paula, em entrevista à agência italiana Ansa, afirmou: "Essa mulher pôs fim a sua vida achando que morreria com dignidade, mas isso é um erro. Suicídio não é uma coisa boa”. 

Neste sábado, o papa ressaltou que pôr fim à vida de um doente é dizer não a Deus, e pediu aos médicos que, em casos assim, tomem “decisões corajosas, contracorrente”. “Vossa missão como médicos os põe em contato com muitas formas de sofrimento e, portanto, encorajo-os a serem bons samaritanos, tendo cuidado especial com os idosos, os enfermos e os portadores de deficiências”. 

Sobre o aborto, o pontífice pontuou que não se trata de um problema religioso ou filosófico, mas científico, porque envolve uma vida humana. “Não é lícito acabar com ela para resolver um problema”, disse. 

“Trata-se de um conceito que não pode mudar com o avanço dos anos, pois, no pensamento antigo ou moderno, matar significa sempre o mesmo”, acrescentou. Francisco lamentou também que, em um momento de grandes progressos científicos, que aumentam a possibilidade de cura de várias doenças, tenha ocorrido a diminuição da capacidade de cuidar das pessoas, sobretudo, dos que mais sofrem ou são frágeis. 

“As conquistas da ciência e da medicina podem contribuir para a melhoria da vida humana na medida em que não se afastem das raízes éticas dessas disciplinas”.

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