sábado, 29 de novembro de 2014

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Com Henrique ministro, PMDB do RN deverá se manter forte no cenário nacional

Um dos Diretórios Estaduais mais fortes do PMDB no Brasil, o do Rio Grande do Norte fechou posição favorável ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, no que toca à reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff (PT) empreende nesta virada de ano. 

Após anunciar a nova equipe econômica do governo, composta por Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central), a presidente dedica os próximos dias ao restante da composição do governo. 

Na reforma ministerial, o PMDB deverá ser contemplado com seis ministérios. Destes, três serão indicações do partido na Câmara dos Deputados, com os outros três suscitados pelo Senado. 

Atualmente, as discussões giram em torno de Agricultura, Minas e Energia e Previdência, bem como se discute a volta do partido ao Turismo e o acréscimo do Ministério da Integração Nacional ou das Cidades, considerados de maior visibilidade. 

Hoje ocupando espaço privilegiado na composição política nacional, o PMDB potiguar sofrerá modificação na dança das cadeiras. 

O atual ministro da Previdência, Garibaldi Filho, deve voltar para o Senado para abrir alas para que o atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, seja indicado ministro. 

Inicialmente cotado para ministro do Turismo, hipótese descartada por Henrique, o potiguar foi suscitado essa semana pela própria presidente para ocupar o lugar do primo na Previdência. As últimas informações de Brasília, entretanto, apontam que o PMDB da Câmara estaria compelido a indicar Henrique para a Integração Nacional, o novo ministério pleiteado pelo partido. 

ARTICULAÇÕES 
O momento atual é de articulações intensas em Brasília. No próprio PMDB, divido entre deputados federais de um lado, e senadores do outro, há disputa para saber quem indicará para os ministérios mais fortes: Integração ou Cidades. Outra modificação: a Previdência, atualmente da cota do PMDB do Senado, passaria para a Câmara. Mas o PMDB da Câmara rejeitou a possibilidade e quer ficar com o sexto ministério, que será dado ao PMDB pelo governo do PT. 

Neste contexto, e para não ser empecilho à indicação de Henrique para a Esplanada dos Ministérios, conforme deseja o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o provável futuro presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), o ministro da Previdência Garibaldi Filho deve voltar para o Senado. 

“Estou voltando, porque ninguém se perde no caminho de volta”, disse o ministro Garibaldi em entrevista ao jornal o Globo. Segundo noticiou o jornal, Garibaldi manteve conversa esta semana com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). A audiência teria girado em torno de Henrique contar com o apoio de Renan para ser indicado ministro do PMDB também com o apoio do partido no Senado. Nos bastidores, a articulação fortalece o nome de Henrique para ocupar ministério de maior visibilidade do governo, Integração ou Cidades. 

Derrotado na eleição para o governo do Rio Grande do Norte, Henrique havia declarado que iria se dedicar às empresas e à família. Mas a possibilidade de ocupação de um cargo de relevância no cenário da política nacional o fez mudar de ideia. Se vier a se concretizar, o Diretório do PMDB potiguar manterá a tradição alcançada nos últimos anos de ser protagonista da cena política nacional. 

Após Garibaldi chegar ao posto de presidente do Congresso Nacional, em 2007, e depois a ministro da Previdência, ao tempo em que Henrique alçou-se à condição de presidente da Câmara dos Deputados, com a nomeação de Henrique para o ministério, o diretório do PMDB manterá essa posição de destaque. Se Henrique vier a assumir um ministério, isso só se dará em fevereiro, quando ele deixar a presidência da Câmara dos Deputados. 

Ainda ministro, Garibaldi Filho não está descartado como presidente do Senado A sina de sucesso político do ministro da Previdência, Garibaldi Filho, após a derrota na disputa pelo governo do Estado, em 2006, pode ter continuidade em 2015. Após ser presidente do Congresso em mandato tampão, em 2007, reeleito senador com mais de um milhão de votos em 2010 e indicado ministro da Previdência, cargo que ocupa até hoje, cumprindo integralmente os quatro anos do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, Garibaldi retorna ao Senado e poderá voltar a presidir a Casa. 

No mínimo, diante do prestígio alcançado nos últimos anos junto ao PMDB, aos pares e à imprensa, o ministro poderá ser indicado para presidir uma comissão importante da Casa. Ex-governador do Rio Grande do Norte, estado que governou por dois mandatos, Garibaldi já presidiu a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Antevendo o retorno a Casa, o ainda ministro esteve esta semana no Senado, visitando os colegas e os servidores, junto a quem é querido. 

Nos bastidores, apesar da citação ao seu nome como “no páreo” da disputa pela Presidência do Senado, a verdade é que a reeleição do atual presidente, Renan Calheiros, não está de todo descartada. E, mesmo que Renan desista – ele não conta com o apoio de alguns setores da Casa -, nomes como o dos senadores Eunício Oliveira e Eduardo Braga estão trabalhando muito para ocupar o espaço. 

As chances de Garibaldi voltar a presidir a Casa, portanto, seriam remotas e só passariam a ser reais em caso de dissenso e ele emergisse como consenso. 

Segundo informam políticos com atuação em Brasília, de todo modo, o ministro não ficará por baixo no regresso a Casa. O PMDB estuda a indicação do senador para um cargo importante, possivelmente a presidência da Comissão de Constituição e Justiça ou de Orçamento e Finanças, as mais concorridas. Caso venha a se concretizar Henrique no ministério e Garibaldi na presidência do Senado (ou na presidência de alguma comissão temática importante), o PMDB potiguar sairá da reforma ministerial e do ano de 2014 tão forte quanto terminou 2014.

Fonte: Alex Viana - Jornal de Hoje - Natal 

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